Januária: uma tarde no Velho Chico

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Quem não se lembra dos cenários do Norte de Minas imortalizados por Guimarães Rosa, no clássico “Grande Sertão: Veredas”? A pequena Januária, às margens do rio São Francisco, é uma dessas belas cidadezinhas.

Januária, norte de Minas Gerais. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Januária, norte de Minas Gerais. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Quem visita Januária, se encanta não só com os seus atrativos históricos e culturais descritos pelo famoso romancista, mas também com suas belíssimas paisagens naturais e com um povo extremamente gentil e hospitaleiro.

Em março de 2016, fiz uma breve passagem de 1 dia pela cidade. Em tão pouco tempo, conheci muitas pessoas e muitas histórias. A seguir, descreverei um pouco dessa viagem inesperada e que se tornou tão especial.

1) Como chegar

A cidade de Januária está localizada a 603 km de Belo Horizonte. Para chegar até lá de carro, partindo da capital mineira, é necessário pegar a BR-040, em direção à Paraopeba. Após cerca de 120 km na BR-040, pegar a BR-135 à direita e seguir até chegar em Januária.

Também é possível chegar na cidade de ônibus, a partir de Belo Horizonte. A empresa Gontijo de Transportes LTDA oferece apenas 1 saída por dia (às 21:00, com previsão de chegada às 09:00). Para consultar o valor atualizado e a disponibilidade de vagas, clique aqui.

2) Onde se hospedar

Ficamos hospedados no hotel Viva Maria. O hotel é muito bem localizado, em frente ao rio São Francisco e bem perto do centrinho histórico. Achei as instalações do quarto um pouco antigas, mas no geral, satisfatório. Todos os quartos têm ar condicionado e frigobar, e o hotel dispõe de uma piscina, essenciais no calor do norte de Minas.

Hotel Viva Maria em Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Hotel Viva Maria em Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Rua do Hotel Viva Maria. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Rua do Hotel Viva Maria. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

3) Gastronomia local

O maior destaque gastronômico da região é o famoso fruto do cerrado “pequi“. Bastante utilizado na culinária local, a sua versatilidade permitiu, ao povo do Norte de Minas, a criação dos mais variados pratos: arroz com pequi, frango com pequi e mandioca, farofa de pequi e até o fruto cozido, podendo acrescentar sal ou açúcar. Do pequi ainda se extrai o óleo e a castanha, que podem ser facilmente encontrados no Mercado Municipal.

Óleo de Pequi. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Óleo de Pequi. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Também fazem parte da gastronomia januarense: carne de sol, moquecas de surubim, paçoca, dourado assado, manteiga de garrafa, queijo minas e saborosas frutas do cerrado, como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí, maxixe, cabeça-de-nego, buriti, jenipapo, anajá, banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces.

4) Atrações visitadas

O nosso roteiro começou bem perto do hotel Viva Maria, mais precisamente  na rua de trás!

4.1) Rua Visconde de Ouro Preto

A rua Visconde de Ouro Preto está bem atrás do hotel Viva Maria. Lá existe a Biblioteca Pública Municipal, o Centro de Artesanato da Região de Januária, casinhas antigas e coloridas e até um hotel antigo, que atualmente está sendo vendido.

Rua Visconde de Ouro Preto, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Rua Visconde de Ouro Preto, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Hotel antigo na Rua Visconde de Ouro Preto. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Hotel antigo na Rua Visconde de Ouro Preto. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

A visita ao Centro de Artesanato foi bastante interessante e pude aprender, com as artesãs que ali estavam, um pouco da importância dessa atividade para a região.

Centro de Artesanato da Região de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Centro de Artesanato da Região de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • Como funciona o artesanato na região?

De maneira geral, o artesanato da região, feito de barro, fibras vegetais, madeira, folha de zinco, couro, papel machê, cabaça e algodão, é passado de geração para geração como forma de subsistência. É interessante notar que o estilo e o material dos artesanatos são, muitas vezes, próprios de determinados distritos de Januária. 

Os artesanato de fibras, por exemplo, são encontrados na região do Catolé e Peruaçu e são feitos especialmente pelos homens. Já os artesanato de cerâmica são vistos em todos os distritos, destacando-se os dos povoados de Candeal e Moradeiras, onde são feitos principalmente por mulheres.

Uma boa amostra desses artesanatos está à venda no Centro de Artesanato da Região de Januária. Vale à pena conferir!

Artesanato de fibras vegetais. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de fibras vegetais. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de barro. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de barro. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de Cabaça. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de Cabaça. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de Papel Machê. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Artesanato de Papel Machê. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

4.2) Praça Getúlio Vargas

A praça Getúlio Vargas é o ponto central da cidade. Bem arborizada, a praça possui bancos, iluminação e uma fonte luminosa bem moderna ao centro. A praça é contornada por casas coloniais, lojas, bares, restaurantes e um hotel antigo (Hotel Rondônia).

Praça Getúlio Vargas, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Praça Getúlio Vargas, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Na esquina do Hotel Rondônia, peguei a Rua Barão do Rio Branco e segui até o final para ver algumas casas históricas que foram restauradas há pouco tempo. De fato, a rua é uma gracinha e me rendeu belas fotos!

Rua Barão do Rio Branco, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Rua Barão do Rio Branco, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

4.3) Casa de Memória do São Francisco

Localizada a poucos passos da Praça Getúlio Vargas, na Praça Arthur Bernardes, a Casa da Memória foi construída em 1910 e tem um estilo bastante interessante. O atual edifício, que abriga o memorial, já foi usado como prisão em outras épocas e ainda conserva as antigas celas em que criminosos da região eram separados do convívio social.

Com o fim do presídio, o edifício abrigou por um tempo o fórum local e ainda é possível ver, na porta principal de entrada, uma placa com a palavra “Fórum”.

Casa da Memória, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Casa da Memória, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Atualmente a Casa da Memória é um espaço cultural e conta com uma pequena exposição de pinturas locais, uma biblioteca, um museu sobre a região e salas para cursos de música e de artesanato.

Exposição de quadros na Casa da Memória. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Exposição de quadros na Casa da Memória. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

4.4) Prefeitura de Januária

Bem em frente à Casa da Memória, está a prefeitura da cidade, localizada em um prédio histórico de 1890.

Prefeitura de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Prefeitura de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

4.5) Cachaça Claudionor

A poucos passos dali, na rua Lindolfo Caetano nº 328, está o escritório da Cachaça Claudionor, onde é engarrafada uma das cachaças mais tradicionais e famosas do país.

Cachaça Claudionor, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Cachaça Claudionor, Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Fui recebida pelas simpáticas proprietárias da cachaçaria, as irmãs Lícia Carneiro e Úrsula Carneiro. Atualmente o espaço não está aberto à visitação, mas a importância histórica do lugar para a cidade de Januária  é tão grande, que as irmãs pretendem, um dia, abrir um museu sobre a história da cachaça. É o que torcemos!!!

Enquanto não há um museu, contarei, em primeira mão, um pouco dessa história!

A Cachaça Claudionor foi criada 1925, pelo senhor Claudionor Carneiro (avô da Lícia e da Úrsula). Na época, com outro nome (Cachaça Januária), o produto era colocado em balsas que levavam o carregamento pelo Rio São Francisco, para ser vendido no Nordeste Brasileiro, principalmente no município de Petrolina, em Pernambuco.

Claudionor Carneiro, fundador da Cachaça Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Claudionor Carneiro, fundador da Cachaça Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Embarcação de cachaça rumo à Pernambuco. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Embarcação de cachaça rumo à Pernambuco. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

O sucesso da bebida por aquelas bandas era tanto que era comum a chegada de forasteiros em Januária à procura da famosa Cachaça Januária. Porém, como na cidade havia outros produtores de cachaça, muitas vezes esses compradores levavam outras “cachaças de Januária” e não a cachaça do Sr. Claudionor. Para evitar esse tipo de confusão, o proprietário da Cachaça Januária mudou o nome da sua bebida para Cachaça Claudionor e isso nunca mais aconteceu.

Primeiro rótulo da Cachaça Claudionor. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Primeiro rótulo da Cachaça Claudionor. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Além do acervo sobre a história da cachaça, a Úrsula Carneiro ainda me mostrou o local onde a bebida é engarrafada e curtida em dornas de umburana. A máquina de engarrafar da foto abaixo é de origem francesa e datada do início da fábrica do Sr. Claudionor. Segundo a proprietária, a máquina ainda trabalha a todo vapor e é bem mais eficiente que muitas máquinas modernas por aí.

Máquina de engarrafar a Cachaça Claudionor. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Máquina de engarrafar a Cachaça Claudionor. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Dornas de amburana onde a Cachaça Claudionor é curtida. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Dornas de amburana onde a Cachaça Claudionor é curtida. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Visita realizada, peguei uma caroninha e algumas informações com a Lícia Carneiro até o Mercado Municipal de Januária. Aliás, quando eu voltar à cidade, voltarei à Cachaçaria Claudionor, para prosear um pouco mais e, claro, tomar uma cachacinha!!!

4.6) Mercado Municipal

O Mercado Municipal de Januária oferece diversos produtos típicos da região. É possível encontrar chapéus em couro, utensílios domésticos em madeira e fibras vegetais, óleos de pequi, temperos diversos, doces, artesanatos, souvenir e muito mais. Vale à pena dar uma voltinha e conhecer um pouco mais sobre os costumes locais.

Chapéus à venda no Mercado Municipal de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Chapéus à venda no Mercado Municipal de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Temperos à venda no Mercado Municipal de Januária. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Temperos à venda no Mercado Municipal de Januária

4.7) Rio São Francisco

Para finalizar o dia, fui assistir ao pôr do sol bem em frente ao hotel Viva Maria, em um braço do Rio São Francisco, onde ficam vários pescadores. Gostaria de ter passado mais tempo no Velho Chico, pegado um barquinho e navegado, mas terei que deixar para uma próxima oportunidade.

Pôr do sol no Velho Chico. Foto: Amilton / Blog Pegadas na Estrada

Pôr do sol no Velho Chico. Foto: Hamilton Alves Zica. Blog Pegadas na Estrada

5) Outras atrações

Por falar em próxima oportunidade, opções de atração não irão faltar. A seguir, um resumo de outros pontos turísticos que não pude visitar em função do pouco tempo, mas que me farão, em breve, voltar!

5.1) Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é uma unidade de conservação, criada em 1999, localizada a 45 km de Januária, e que tem como principal objetivo proteger o valioso patrimônio geológico e arqueológico existente nesta região. Abriga mais de 140 cavernas, 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além da tribo indígena dos Xakriabás.

É possível chegar à sede da unidade, no Fabião II, a partir das cidades de Januária (45km) ou Itacarambi (16km). As estradas são pavimentadas e em boas condições de rodagem. Porém, ainda não existe transporte público que chegue ao local.

As visitas ao complexo estão sendo operadas em fase de experimentação (março de 2016) até a conclusão das obras de estruturação, conforme indicação do Plano de Manejo da Unidade. Por isso, todas as visitas devem ser previamente agendadas junto à gestão da unidade. Além disso, para acessar os roteiros do parque é necessário a contratação de um condutor cadastrado. Todas as informações referentes às visitas podem ser obtidas através do e-mail cavernas.peruacu@icmbio.gov.br.

5.2) Rio Pandeiros

O Rio Pandeiros é um importante rio brasileiro, considerado um dos afluentes do Rio São Francisco e um dos berçários de peixes da região. O rio tem trechos bem rasos, o que torna possível atravessá-lo de um lado a outro. Durante o seu percurso, surgem diversas ilhotas e três cachoeiras. Agências da região oferecem passeios de até 1 dia pelo Rio Pandeiros.

5.3) Praia fluvial temporária

A praia fluvial temporária de Januária é uma atração bastante visitada e é formada nos meses de julho e agosto. A praia está localiza na margem do Rio São Francisco oposta à cidade, sendo necessário realizar a travessia (paga) em uma das canoas disponíveis no rio.

A estrutura da praia é montada com barracas de bebidas e petiscos, além de quadras na areia, onde são realizadas competições esportivas e outras atividades.

5.4) Brejo do Amparo

Pequeno povoado na região, o Brejo do Amparo foi o núcleo que deu origem ao município de Januária. Possui várias casas coloniais e uma preciosidade do barroco mineiro: a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em um quilombo orientado pelos jesuítas.

Bem próximo ao vilarejo, existem alguns alambiques, onde é possível conhecer o processo de fabricação artesanal da cachaça. Para os amantes de natureza, a região ainda oferece várias opções de trilhas e atividades de ecoturismo.

6) Extra

Um viagem ao Norte de Minas não está completa sem a famosa carne de sol ou carne seca da região. Para quem não sabe a diferença, a carne seca é mais salgada, dura e escura, sendo necessários o dessalgue e o cozimento. Já a carne de sol, que pode ser feita de diversas partes do boi, como chã de dentro, picanha, contra-filé, entre outras, é bem mais macia e não precisa passar pelo processo de dessalgue. Basta assar na churrasqueira ou fritar na panela. Ambas são uma delícia!

Carne de sol e Carne seca do Norte de Minas. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Carne de sol e Carne seca do Norte de Minas. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

O Mercado Municipal de Montes Claros é um ótimo local para comprar esse tipo de carne. A cidade fica no caminho entre Belo Horizonte e Januária e vale à pena uma parada.  As carnes são cortadas e limpas na hora e, na maioria das barracas, os vendedores embalam o produto à vácuo, facilitando e muito o transporte.

Carne de sol embalada à vácuo no Mercado de Montes Claros. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Carne de sol embalada à vácuo no Mercado de Montes Claros. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

O que eu fiz com a Carne de Sol quando cheguei em casa! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

O que eu fiz com a Carne de Sol quando cheguei em casa! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Aproveite essa parada e conheça outros produtos da região que estão à venda no mercado. Com certeza, você encontrará ótimas e diferentes opções de “souvenir’.

Além da venda de produtos locais, você também encontra, no mercado, restaurantes que servem pratos à base de carne de sol e mandioca, arroz com pequi, feijão tropeiro e feijoada. Sem dúvida, um convite para saborear o melhor da comida típica da região.

Endereço do Mercado Municipal: Avenida Deputado Esteves Rodrigues, 1460 – Centro, Montes Claros

E assim terminamos a nossa tarde no Norte de Minas. Se você gostou da matéria, não deixe de compartilhá-la com outros viajantes nas redes sociais!

 

 

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Sobre o autor

Ela, cheia de imaginação e criatividade. Acredita que o mundo está logo ali. Se vai para o Canadá, por que não dar uma esticadinha até a Rússia, passando pela Islândia e pela Escandinávia? Ele, viajante mais pé no chão, pesquisa todos os detalhes e nunca se mete em furada ou confusão. Juntos, um equilíbrio, e muitas histórias para contar!

20 Comentários

  1. Boa tarde
    A praça da Fonte ficou linda. O Coreto e passarela também. É preciso fechar um pouco para se trabalhar a restauração. Como faço para enviar fotos da reforma de ambos?

  2. maran caribe cunha botelho on

    oi casal lindo,gostei muito de ver esta reportagem sobre minha cidade.Hoje resido em montes claros.Anossa rua era a Visconde de Ouro Preto,que fica detras do Hotel Viva Maria.E uma rua encantadora e cheia de casaroês antigos,calçamento de grandes lajotas ,sendo um calçamento centenário.Esta reportagem gosto de saudades…….Um abraço

  3. Muito Boa esta matéria sobre a princesa do São Francisco, nossa querida Januária, no norte de Minas Gerais.
    Há muita riqueza histórica e Cultural além das belezas naturais que enchem nosso coração de alegria.
    Que possamos valorizar mais o nosso Brasil, com suas diversidades e características peculiares em cada região.
    Cada brasileiro se identifica com seu pedacinho de sertão, o meu é um torrão Norte Mineiro.
    Abraços
    Juarez Figueiredo

    • Olá, Juarez!

      Com certeza uma região muito rica em história e natureza.
      A cidade de Januária foi uma surpresa para mim.
      Me senti realmente abraçada pelo norte de Minas e me encantei com o povo de Januária.
      Obrigada pelo comentário.
      Abraços
      Cristina

  4. Que delícia de post! Nasci e morei no Norte de Minas até os 18 anos. Hoje em dia ainda volto à região, mas nunca estive em Januária. Ah, e a cachaça da cidade é super famosa por lá (junto com a de Salinas, que também não conheço). Realmente deu vontade de conhecer a cidade!

    • Olá, Pedro! Ficamos muito felizes com o seu comentário, ainda mais vindo de uma pessoa do Norte de Minas, que conhece tão bem a região. Amei Januária, recomendo conhecê-la. Representa muito bem tudo de bom que o nosso estado tem a oferecer. Quanto à cachaça, ahhh, bão demais! Tanto a Claudionor, quanto a Salinas. Isso é Minas!!! Grande abraço 🙂

    • Olá, José Izildo! Ficamos felizes com o seu comentário, ainda mais se tratando de um morador da região, que conhece, como ninguém, cada cantinho da cidade. Foi um prazer conhecer Januária, esperamos voltar um dia. Abraços!

  5. Ursula M Carneiro on

    Parabéns pela reportagem. Você mostrou bem as características da nossa cidade, belas fotos, belo texto. Quando voltar vem mesmo aqui na Cachaça Claudionor, “prosar ” e tomar um cachaça. Se precisar de qualquer coisa pode nos procurar. Grata.

    • Que ótimo que você gostou! Foi um prazer conhecer essa cidade tão amável! Espero que mais turistas possam conhecer um pouco da história de Januária também, vocês estão de parabéns! Quando for aí novamente, já sei quem procurar 🙂 Abraços!

    • Estou em Januária. Abril de 2022…
      Infelizmente a cidade está descuidada, prédios públicos e históricos descascados e sem pintura, praça do centro em reforma, tapada por um tapume metálico. O Mercado Público virou mais um camelódromo, claro que algumas barracas ainda vendem produtos locais., mas nada fora do comum, além de uma única barraca de peixe a céu aberto, sem refrigeração. Devido à cheia do São Francisco, (bênção para a região), não há praias nesta época e as barrancas estão lamacentas. A Casa da Cultura tem lindos trabalhos de artesãos e artistas locais, além de uma biblioteca de livros doados; na parede, um painel enorme de Che Guevara e um quadro de Fidel Castro! Ao lado do antigo hotel da rua Visconde de Ouro Preto, estão construindo um prédio mal feito, que destoa completamente do cenário. Parece que a cidade está crescendo sem planejamento… Em frente aos hotéis Viva Maria e Hawai, está sendo feito um calçadão, que a meu ver, vai descaracterizar a cidade. No paredão em frente, chamado cais, muito lixo jogado, como garrafas de vidro e copos plásticos, nas margens preciosas do Velho Chico que recuou, deixando matagal e lama… No mais, um povo simples e hospitaleiro, e um ponto de apoio pra quem vai conhecer o Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, que por sinal é magnífico! Fica meu registro. Espero voltar em outra época…