Melbourne em 2 dias: roteiro e dicas

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Localizada no estado de Victoria na Austrália, Melbourne é considerada a capital cultural do país e abriga uma série de museus, casas de dança, artes de rua e uma biblioteca lindíssima.

A cidade também oferece praias badaladas, como St KildaBrighton Beach, além de ser a porta de entrada para um dos lugares mais incríveis da Austrália: a Great Ocean Road, onde está localizado o icônico “12 Apóstolos“.

Brighton Beach Melbourne

Brighton Beach, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Em março de 2017, conhecemos a cidade de Melbourne em 2 dias. Chegamos de avião a partir de Alice Springs, onde exploramos o Outback Australiano, e, de lá, seguimos para a grande barreira de corais na região de Cairns.

No post de hoje, detalharemos todas as atrações que visitamos em Melbourne, além de outras dicas. Esperamos que vocês curtam!

  • Roteiro de 2 dias em Melbourne

Dia 1: chegada na cidade + St Kilda + Brighton Beach

Chegamos em Melbourne no início da tarde e seguimos para as principais praias da cidade: St Kilda e Brighton Beach.

  • St kilda

St. Kilda é uma das praias mais badaladas de Melbourne e é margeada por um enorme calçadão.

St. Kilda Beach Melbourne

St. Kilda Beach, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

A praia está localizada em um bairro tradicional, que abriga várias construções da época Vitoriana. Lá você também encontrará o Luna Park, um parque de diversões, que funciona desde 1912.

Luna Park Melbourne

Luna Park, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

 Essa também é uma boa região para tomar uma cerveja ou fazer uma refeição.

  • Brighton Beach

Com certeza o principal cartão postal da cidade. É em Brighton Beach onde você encontrará as famosas casinhas coloridas na praia, mostradas na foto abaixo.

Roteiro dicas Melbourne

Brighton Beach, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Na verdade, essas casinhas são conhecidas como bathing boxes ou casas de banho, que são espaços particulares para guardar equipamentos esportivos e outros itens de praia, como cadeiras, sombrinhas, boias, entre outros.

As casinhas são construídas no mesmo estilo arquitetônico e tamanho, mas cada uma possui uma pintura e um design próprio. É bem legal ver a criatividade do proprietário de cada uma.

Brighton Beach Melbourne

Brighton Beach. Foto: Blog Pegadas na Estrada

O que fazer em Melbourne

Brighton Beach. Foto: Blog Pegadas na Estrada

Programe-se para ver o pôr do sol em Brighton Beach, é lindo!

Roteiro dicas Melbourne

Pôr do sol em Brighton Beach. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Dia 2: principais atrações da região central

As principais atrações da cidade estão localizadas relativamente próximas umas das outras, sendo possível percorrer boa parte delas à pé.

  • Federation Square

De grande importância cultural para a cidade e para o país, a Federation Square é uma enorme praça que abriga diversos museus, cinemas, teatros, galerias, cafés e restaurantes.

É nessa região onde ocorrem anualmente diversos eventos esportivos, festivais, feirinhas e apresentações de rua.

Assim que você chegar na Federation Square, você verá o Centro de Informações Turísticas. Dê uma passada para pegar um mapa gratuito e olhar os eventos que estão acontecendo na cidade. De lá também partem passeios guiados no período da manhã, com duração de aproximadamente 1 hora.

Principais pontos de interesse na praça: The Atrium (uma galeria de artes especiais feita de vidro, aço e zinco); The Edge (um anfiteatro com apresentações de teatro a palestras); o The Melbourne Cricket Ground (MCG); o Alexandra Gardens; o Ian Potter Centre, parte da National Gallery of Victoria; o Australian Centre for the Moving Image e o National Design Centre.

Federation Square Melbourne

Federation Square, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Em resumo, há muita coisa para ser vista na Federation Square. A não ser que você tenha mais tempo, dê uma filtrada nas atrações de acordo com os seus interesses.

  • St Paul’s Cathedral

Localizada em frente a Federation Square, a St Paul’s Cathedral é uma igreja anglicana, construída em estilo gótico, e considerada uma importante obra arquitetônica da cidade.

St Paul’s Cathedral Melbourne

St Paul’s Cathedral, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Aproveite para fazer uma  visita ao seu interior, a entrada é gratuita.

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Interior da St Paul’s Cathedral. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • Hosier Lane

Da catedral, seguimos a pé até a Hosier Lane, que consiste em uma rua com diversos desenhos grafitados no muro.

Hosier Lane Melbourne

Grafite na Hosier Lane, Melbourne. Foto CFR / Blog Pegadas na Estrada

Arte de rua Melbourne

Hosier Lane, Melbourne. Foto: RMA / Blog Pegadas na Estrada

arte Melbourne

Hosier Lane, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • Block Arcade

O Block Arcade é um pequeno shopping construído entre 1891 e 1893, que foi planejado para ser para Melbourne o que a Galleria Vittorio Emanuele é para Milão.

O seu interior, ricamente decorado com mosaicos de azulejos, vidros, ferro e acabamentos de pedra esculpida, abriga hoje lojas de marca e docerias que dão água na boca. Se você estiver com tempo, é hora de fazer uma paradinha em um dos seus cafés.

Block Arcade Melbourne

Block Arcade, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • State Library of Victoria

Esta foi uma das atrações mais interessantes na região central de Melbourne.

Inaugurada em 1856, a biblioteca teve sua primeira sala de leitura aberta em 1859, a qual foi batizada como Sala de Leitura da Rainha.

Atualmente, a biblioteca possui cerca de dois milhões de livros e 16.000 periódicos; sala com computadores e internet; além de exposições com temas diversos.

A entrada é gratuita. Em sua visita, observe a arquitetura octogonal da sala denominada ” Landmark Domed Reading Room”. Suba até o último andar e aprecie!

State Library of Victoria

Formato octogonal da State Library of Victoria. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Na área externa, você encontrará um amplo gramado, onde os locais costumam almoçar e descansar neste intervalo.

  • Victoria Parliament House

Construído entre 1855 e 1929, o Parlamento de Victoria está aberto à visitação, por meio de tours gratuitos de segunda a sexta-feira, com exceção de feriados.

Em geral, os tours são formados pelas primeiras 25 pessoas que chegarem. No entanto, há opções diferenciadas para grupos.

Para consultar os horários e as regras, acesse o site oficial do Parlamento de Vitória.

  • St. Patricks Cathedral

St. Patricks Cathedral

St. Patricks Cathedral, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Construída na segunda metade do século XIX, a St. Patrick Cathedral ostenta o título de maior e mais alta igreja da Austrália. Sua arquitetura neogótica remete às grandes catedrais medievais da Inglaterra do século XIV.

Uma curiosidade sobre ela é que, na época de sua construção, praticamente toda a população católica de Melbourne era de imigrantes irlandeses. Por este motivo, a catedral foi dedicada a São Patrício (St. Patrick), o santo padroeiro da Irlanda.

  • Royal Exhibition Building and Carlton Gardens

Primeiro edifício da Austrália a ser declarado patrimônio mundial pela Unesco, o Royal Exhibition Building abrigou o parlamento australiano em 1901 e hoje é a casa de várias exposições e eventos.

Infelizmente não pudemos visitá-lo em nossa passagem por Melbourne, pois, quando fomos, tanto o prédio, quanto os jardins estavam fechados, já que estava sendo montado um grande evento de flores no local.

  • Shrine of Remembrance

O Shrine of Remembrance é um enorme memorial, localizado em um belo jardim, construído em homenagem aos soldados australianos que lutaram na primeira e na segunda guerra mundial.

O memorial abriga exposições permanentes e temporárias, que contam a participação da Austrália em diversas guerras e missões de paz ao redor do mundo.

A entrada é gratuita e o memorial pode ser visitado das 10:00 às 17:00 diariamente.

Shrine of Remembrance

Shrine of Remembrance, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Roteiro Melbourne

Shrine of Remembrance, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

No último andar, ainda existe um terraço, de onde é possível ter uma das melhores vistas da cidade.

Shrine of Remembrance Melbourne

Vista do alto da Shrine of Remembrance. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Esta foi uma atração que achamos super interessante em Melbourne.

  • Royal Botanic Gardens

Construído em um terreno de 38 hectares, o Royal Botanic Gardens possui mais de 10 mil espécies de plantas, alguns lagos e opções de trilhas.

Royal Botanic Gardens

Royal Botanic Gardens, Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

2) Como se locomover em Melbourne

Boa parte das principais atrações de Melbourne estão localizadas no centro da cidade e podem ser facilmente conhecidas à pé.

Para quem quiser economizar sola de sapato, entretanto, a boa notícia é que os bondes na região central são gratuitos. Isso mesmo! Você pode pegar qualquer bonde sem pagar nada, desde que você embarque e desembarque na chamada Free Tram Zone. Essa região cobre todo o CBD (Central Business District), que é a região central da cidade, e é onde estão localizadas todas as atrações do segundo dia do nosso roteiro. Clique aqui para ver o mapa.

Para utilizar os bondes dentro da Free Tram Zone, não é preciso passar ou apresentar nenhum cartão. Basta entrar, sentar e descer em qualquer ponto dessa zona de transportes.

Transporte público em Melbourne. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Para chegar nas atrações fora do centro, porém, você precisará comprar um Myki Card, o cartão de transporte público da cidade.

O cartão custa $6 (março/2017) e pode ser comprado em diversos pontos de venda espalhados pela cidade, incluindo todas as lojas 7-Eleven. Ao comprar o cartão, você deve ainda carregá-lo com o valor das passagens que você deverá usar. O preço da passagem é calculado de acordo com as zonas percorridas, sendo a passagem mais cara $4,10 (março/2017). Clique aqui para conferir os valores atualizados das tarifas.

Como usar o Myki Card

O Myki card é usado em todos os meios de transporte de Melbourne.

  • Trens Metropolitanos

Você deve passar o cartão no leitor na estação de embarque, antes de subir no trem, e na estação de destino, logo após o desembarque. É bom ter bastante atenção, pois algumas estações menores não tem catracas na entrada e você chega nelas diretamente na plataforma. Então é muito fácil não ver os leitores ou mesmo esquecer de passar o seu cartão. Se isto acontecer, você provavelmente levará uma multa de $75 ao desembarcar em uma estação com catracas.

Então fica a dica: lembre-se sempre de passar seu Myki Card no leitor antes de embarcar no trem!

  • Ônibus

Você sempre deve registrar sua entrada e sua saída nos leitores localizados no interior dos ônibus.

  • Bondes

Melbourne possui a maior rede de bondes do mundo, com 250 km de linhas, e este é, sem dúvida, o principal meio de transporte da cidade. Nos bondes, você deve registrar sua entrada/saída nos leitores localizados dentro do veículo, de acordo com seu trajeto:

  • Se sua viagem for inteiramente dentro da Free Tram Zone, você não deve registrar nem a entrada, nem a saída. Se você passar o cartão no leitor, será cobrada uma tarifa referente à zona 1
  • Se sua viagem for inteiramente na Zona 2, você deve registrar a entrada e a saída. A viagem que começa e termina na Zona 2 é mais barata do que as que passam pela Zona 1, portanto, você deve passar o cartão na entrada e na saída para pagar a tarifa reduzida ($2,80 em março/2017).
  • Em todos os demais casos, você deve registrar apenas a entrada. Todas as viagens entre a Free Tram Zone e as Zonas 1 ou 2, as viagens entre a Zona 1 e a Zona 2 e ainda as viagens inteiramente na Zona 1 pagam a tarifa mais alta ($4,10 em março/2017). Nestes casos, então, basta registrar a entrada.

Para mais informações, consulte o site oficial da autoridade do Public Transport Victoria.

3) Onde se hospedar em Melbourne

  • Localização

Como em toda cidade grande, o ideal é se hospedar perto das principais atrações ou a uma curta distância dos transportes públicos.

Ficamos hospedados no Melbourne Central YHA, um hostel com opção de quartos de casal, localizado a 1,2 km da Federation Square e dentro da Free Tram Zone.

A área também é bem servida de restaurantes, fast foods e muitas pizzarias. Gostamos muito do serviço “Take Away” da Eat Pizza. Na região você também encontrará lojas de bebidas alcoólicas e o mercadinho 7-Eleven.

onde se hospedar em Melbourne

Região próxima ao Melbourne Central YHA. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • Quartos

Ficamos hospedados em um quarto de casal, com varanda e banheiro compartilhado. Apesar de o banheiro ser compartilhado, ele era individual e em frente ao nosso quarto. Praticamente dividimos esse banheiro apenas com mais 1 quarto e ele esteve limpo durante toda a nossa estadia.

Também existem banheiros compartilhados com várias cabines e que abrangem um maior número de quartos.

Melbourne Central YHA

Quartos do Melbourne Central YHA. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

  • Infraestrutura do hostel

O hostel ainda oferece recepção 24 horas, cozinha compartilhada, balcão de turismo, área de TV, um café-bar e um terraço com vista da cidade e churrasqueira.

Além disso, assim como outras unidades da rede YHA, o hostel oferece atividades exclusivas para clientes, como caminhadas guiadas, jogos de Trívia, campeonato de ping-pong, entre outras.

  • Reciclando o MIKY Card

Por fim, o Melbourne Central YHA possui uma política de reciclar o cartão de transporte público. O que isso significa? Em resumo, para usar o transporte público da cidade, é necessário adquirir o MYKI Card. É comum os hóspedes que vão embora deixarem esse cartão na recepção para que outros hóspedes possam usá-lo também. Por isso, antes de comprar o seu MYKI Card, pergunte na recepção se há algum cartão disponível para você usar. Ao final da viagem, deixe lá o seu também, os viajantes agradecem! 🙂

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Área comum do Melbourne Central YHA. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

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Terraço do Melbourne Central YHA. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

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 * A nossa estadia no Melbourne Central YHA foi uma cortesia da gerência. Todos os relatos descritos neste post, no entanto, foram baseados em nossas experiências reais e refletem a nossa opinião.

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Sobre o autor

Ela, cheia de imaginação e criatividade. Acredita que o mundo está logo ali. Se vai para o Canadá, por que não dar uma esticadinha até a Rússia, passando pela Islândia e pela Escandinávia? Ele, viajante mais pé no chão, pesquisa todos os detalhes e nunca se mete em furada ou confusão. Juntos, um equilíbrio, e muitas histórias para contar!

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