Localizado na Península Olympic, a 160 km de Seattle, o Olympic National Park é um dos 10 parques nacionais mais visitados dos Estados Unidos e oferece ao viajante a possibilidade de conhecer 3 diferentes ecossistemas em um único parque: montanhas, florestas temperadas úmidas e praias.

Florestas Temperadas Úmidas, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Com grande diversidade de paisagens, ecossistemas e vida marinha, o Olympic National Park é, desde 1976, uma Reserva Internacional de Biosfera. Em 1981, o parque se tornou oficialmente Patrimônio Mundial da Humanidade, declarado pela Unesco, e vem, desde então, adotando diversas medidas para minimizar o impacto das atividades do homem na natureza.
Em junho de 2016, conhecemos o Olympic National Park em um roteiro incrível de 2 dias. Contaremos, neste post, todos os detalhes desta viagem!
Neste Post você irá encontrar
- Quantos dias são necessários para conhecer o Olympic National Park
- Como circular dentro do parque
- Roteiro de 2 dias no Olympic National Park
- Dicas de hospedagem
- Funcionamento do Olympic National Park
1) Quantos dias são necessários para conhecer o Olympic National Park
Pela proximidade com Seattle, muitas pessoas conhecem o Olympic National Park em um passeio bate-volta de 1 dia, o que não aconselhamos.
Como o parque oferece três ecossistemas diferentes e distantes entre si, acreditamos que visitar todo o parque em 1 dia, vindo de Seattle, é uma tarefa muito corrida e penosa.
Por isso, sugerimos que esse roteiro seja realizado em 1 ou 2 dias a partir de Port Angeles ou em 3 para os mais trilheiros.
2) Como circular dentro do parque
A melhor forma de conhecer o parque é, sem dúvida, de carro.
Em linhas gerais, a Península Olympic é circundada pela rodovia US Highway 101, da qual partem outras estradas menores que chegam até as principais atrações do parque, como Hurricane Ridge, Forks, Rialto Beach e Hoh Rain Forest.
Antes de visitar o parque, vale a pena consultar as condições das estradas no site oficial do National Park Service e conferir as distâncias (em milhas) entre as regiões.

Dirija com cuidado! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
3) Roteiro de 2 dias no Olympic National Park
O nosso roteiro começou em Port Angeles, já que vínhamos de uma road trip por Victoria, no Canadá.
Para quem vem de Seattle, basta pegar a State Hwy 305 NE e, após 132 km, você estará em Port Angeles. Lembrando que quem vem de Seattle deverá fazer a travessia de ferry para Bainbridge Island ou Bremerton.
Se você vai no verão, vale à pena reservar o ferry com antecedência para evitar ter que esperar horas para poder embarcar. Consulte os dados do ferry no site oficial do Departamento de Transporte do Estado de Washington.
3.1) Dia 1 – Via Port Angeles
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Hurricane Ridge
A partir de Port Angeles, seguimos para a região montanhosa do parque, a famosa Hurricane Ridge. Para chegar até lá, saia da US Highway 101 e pegue a Hurricane Ridge Road, uma estrada sinuosa, super cênica e com áreas para piquenique.
Atenção: essa estrada poderá estar fechada no inverno. Confirme antes de ir.

Vista da Hurricane Ridge Road. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Localizado em uma altitude de mais de 1500 metros, o Hurricane Ridge Visitor Center oferece lanchonete, centro de informações turísticas, banheiros e lojinha de souvenir. Quando a estrada não está fechada durante o inverno, também é possível encontrar equipamentos de ski para aluguel no Hurricane Ridge Visitor Center e praticar esportes de inverno na montanha.

Hurricane Ridge Visitor Center. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
De lá, também partem várias pequenas trilhas, como a Cirque Rim (800 metros cada trecho), Big Meadow (400 metros cada trecho), High Ridge (800 metros o loop), até trilhas maiores como a Wolf Creek e Little River (ambas com 12 km cada trecho) e a Hurricane Hill / Elwha (10 km cada trecho).

No caminho para o Hurricane Ridge Visitor Center. Foto: RMA / Blog Pegadas na Estrada

No caminho para o Hurricane Ridge Visitor Center. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Hurricane Ridge Visitor Center. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
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Lake Crescent
De lá, volte para a estrada US Highway 101 e vá margeando o Lake Crescent, um lago lindo e calmo de águas cristalinas. Aproveite para fazer um piquenique em La Poel.

Lake Crescent, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

As mesas de piquenique ficam entre as árvores, lindo! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
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Sol Duc Falls
Se você estiver com tempo, saia da US Highway 101, após o Lake Crescent, e siga até o Sol Duc Falls, uma cachoeira em meio a floresta.
Nesta região, você encontrará um resort com piscinas quentes de água mineral, área de camping, lagos e várias opções de trilhas. Consulte aqui todas as facilidades e trilhas da região.
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Forks
A cidade de Forks, com menos de 4.000 habitantes, ganhou notoriedade internacional por ter sido o cenário que inspirou a Saga Crepúsculo (Twilight), de Stephenie Meyer.
Se você gosta da saga, vale à pena dar uma passada na cidade e conhecer alguns pontos marcantes do livro/filme, como a escola onde Bella e Edward estudavam, o hospital onde Dr Cullen trabalhava, a delegacia onde o pai da Bella trabalhava, a casa dos Cullen e a caminhonete vermelha usada pela personagem Bella no filme, que fica estacionada no Visitor Center da cidade.
Se você não se interessa por vampiros e lobisomens, a cidade não oferece outros atrativos.
Confira neste mapa, a localização de cada atração da Saga:

Forks Highschool, onde estudavam as personagens do filme. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Prefeitura e departamento de polícia, Forks. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Caixa de correspondência da Casa dos Cullen, Forks. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Caminhonete da Bella, filme Crepúsculo. Foto: RMA / Blog Pegadas na Estrada
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Rialto Beach
Uma região de praias provavelmente diferente de tudo o que você já viu.

Rialto Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
As praias aqui não são de areia fina. Ao contrário, você encontrará um enorme campo de cascalho, coberto por troncos de pinheiros caídos no chão. Essas árvores são trazidas pelo rio durante as tempestades e ali permanecem durante anos, formando um emaranhado de troncos brancos e secos.

Rialto Beach, Olympic National Park. Foto: RMA / Blog Pegadas na Estrada
Aproveite para contemplar o cenário inusitado e fazer uma caminhada. A água é extremamente gelada!

Rialto Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Rialto Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
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Ruby Beach
Este é, sem dúvida, o melhor lugar do parque para ver o pôr do sol.

Pôr do sol em Ruby Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
A Península Olympic é conhecida por ser um dos lugares onde mais chove nos Estados Unidos. Portanto, se você der sorte e pegar o dia com sol, não deixe de estar nesta praia na hora do pôr do sol. Se isso acontecer, sinta-se sortudo e privilegiado!
Felizmente tivemos essa sorte e garantimos: é lindo!

Pôr do sol em Ruby Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Pôr do sol em Ruby Beach, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Ao longo de todas essas praias é possível acampar, mas você não encontrará nenhum hotel. Se você não pretende passar a noite em um camping ou motorhome, será necessário dirigir até Forks, Kalaloch, Moclips ou Aberdeen. No item 4, você encontrará algumas opções de hospedagem.

Mochileiros rumo ao camping em Ruby Beach. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
3.2) Dia 2 – Via Port Angeles
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Hoh Rain Forest
Se você dormiu em Kalaloch ou Aberdeen, terá que voltar pela US Highway 101 para visitar a Hoh Rain Forest.

Hoh Rain Forest, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
No entanto, caso você não disponha de 2 dias e tenha que fazer esse roteiro em 1 dia (a partir de Port Angeles, não recomendamos a partir de Seattle), sugerimos que você visite a Hoh Rain Forest no dia anterior, antes das praias. Como falamos, é importante estar em Ruby Beach na hora do pôr do sol. Dessa forma, o roteiro ficará um pouco corrido, mas, se você não tiver outra opção, esta é uma solução.
Voltando à Hoh Rain Forest, esta é a região mais úmida do parque. Aqui você encontrará a famosa floresta temperada úmida, com espécies de coníferas (Sitka-Spruce e o Abeto Douglas), com alta concentração de musgos nas cascas das árvores.

Hoh Rain Forest, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Faça as trilhas Hall of Mosses (1,3 km loop) e Spur Nature Trail (1,9km loop) e conheça de perto esse incrível cenário.

Hoh Rain Forest, Olympic National Park. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Essa região também possui área de camping e motorhome. Confira no site oficial do National Park Service todas as facilidades e as trilhas da Hoh Rain Forest.
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Aberdeen
A cidade de Aberdeen não é uma cidade bonita, talvez até um pouco deprimente grunge. Mas, foi aqui onde nasceu e cresceu Kurt Cobain.
Para os amantes de Nirvana, vale a pena tirar a famosa foto com a placa de entrada da cidade, onde está escrito ““Welcome to Aberdeen – Come as you are”, em alusão à banda.

Bem vindos a Aberdeen! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Aproveite e visite o Kurt Cobain Memorial Park (46.984142, -123.805441), uma espécie de praça, com uma estátua de uma guitarra de canhoto (Kurt era destro, mas tocava com a mão esquerda).

Estátua dedicada a Kurt Cobain, Aberdeen! Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
Bem em frente, você verá um viaduto com alguns grafites dentro. Dizem que Kurt dormiu várias noites ali para não presenciar as terríveis brigas entre o seu padrasto e a sua mãe.

Viaduto do Kurt, Aberdeen. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
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Mount Rainier ou Seattle
A partir daqui, é possível completar a volta dentro do parque pela estrada US Highway 101, que não nos pareceu muito interessante; seguir para Seattle ou fazer um pequeno desvio para conhecer outro parque nacional do estado de Washington: o Mount Rainier National Park.
Se você for para o Mount Rainier, poderá começar a conhecê-lo ainda neste dia. Descreveremos o nosso roteiro sobre esse parque no próximo post. Não perca!
4) Dicas de hospedagem
De maneira geral, esta região da Península Olympic não dispõe de muitas opções de hospedagem. Se você vai no verão, finais de semana ou feriado, reserve a sua hospedagem com bastante antecedência.
4.1) Forks
Projetado especialmente como a Casa de Cullen de “Crepúsculo”, em Forks, o Miller Tree Inn Bed and Breakfast está situado em meio a uma fazenda tradicional, construída em 1916.
Ótima opção para os amantes da Saga e para aqueles que querem sentir o ar vampiresco da região.

Miller Tree Inn Bed and Breakfast, Forks. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada
4.2) Kalaloch
4.3) Moclips
Boa opção para uma hospedagem à beira-mar
4.4) Aberdeen
4.5) Port Angeles
5) Funcionamento do Olympic National Park

Entrada do Olympic National Park. Foto: RMA / Blog Pegadas na Estrada
5.1) Ingresso
Para visitar o Olympic National Park, é necessário pagar 25 dólares por veículo de até 15 passageiros (valor de janeiro de 2017), que tem validade de 7 dias consecutivos. Com esse ticket, você pode entrar e sair do parque quantas vezes quiser durante o período de validade do ingresso.
Também existem valores diferenciados para motos, pessoas sem carro e taxas para o uso de camping. Para saber todas as opções e valores atualizados, consulte o site oficial do National Park Service.
Outra opção que vale mais a pena para quem visita 3 ou mais parques nacionais americanos, que foi o nosso caso, é comprar o Passe Anual dos Parques Nacionais Americanos, que custa 80 dólares (valor de janeiro de 2017), e dá acesso ilimitado, durante um ano, a todos os parques nacionais dos Estados Unidos.
5.2) Horário de funcionamento
O Olympic National Park funciona 24 horas por dia, durante todo o ano, com exceção do Natal e do feriado de Ação de Graças, quando o Visitor Center e a Hurricane Ridge Road são fechados. Além disso, algumas rodovias, campings e outras facilidades podem estar fechadas em determinadas estações, como no inverno, por exemplo.
Se você quiser aproveitar melhor o parque, sugerimos que você o visite nos meses de junho a setembro, quando a maioria das facilidades estão abertas, os dias são mais longos, as temperaturas mais amenas e quando menos chove. Lembrando que a Península Olympic é um dos lugares que mais chove dos Estados Unidos.
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6 Comentários
Olá, Bom dia. Estou planejando uma viagem para Washington e Vancouver, e ao ler os posts de vocês, que por sinal adorei, fiquei com uma duvida: há algum motivo por terem deixado de fora o Okanogan-Wenatchee National Forest? Vocês acham que não vale a pena? Desde já agradeço , Ana Paola
Olá Ana Paola,
O motivo foi falta de tempo. 😀
Se você for ao Okanogan-Wenatchee, não deixe de visitar a cidadezinha de Leavenworth. Este era outro destino que gostaríamos de ter visitado, mas não pudemos por falta de tempó.
Também cogitamos o North Cascades National Park, mas também tivemos que cortar.
Além disso, recebemos a indicação do Lago Chelan, mas além de não caber no nosso roteiro, ele exige uma logística um pouco mais demorada e complicada.
Se você for em algum desses lugares, volte aqui e nos conte como foi. 🙂
Abraço,
Renato
Blog Pegadas na Estrada
Parabens pelo post, adorei as dicas, esse parque e muito lindo mesmo. Feliz natal e muitas otimas viagens pra vcs!!!
Olá, Jonas!
Muito obrigada pelo comentário. Que você tenha um 2018 de muitas viagens também. Conte com a gente!
Um feliz natal.
Abraços
Cristina
Since I´m going to Olympic National Park next summer, I really appreciated this site with tips and photos, especially of Hurricaine Ridge which I almost passed up. Keep up the great work!!!!
Hi Lynn! Thanks for visiting our blog. Hurricane is really a place not to be missed in Olympic, you gonna love it. We hope you have a wonderful trip like we have had. Cheers, Cristina and Renato.