Durante a nossa viagem ao Alasca, em julho de 2016, destinamos 3 dias do nosso roteiro para explorar a sua capital, Juneau. No 1º post sobre a cidade, falamos sobre as melhores maneiras de chegar até lá, onde se hospedar e sobre o passeio que fizemos no nosso 1º dia: navegação pelo Tracy Arm Fjord.
No post de hoje, contaremos todos os detalhes do 2º dia e sobre a caminhada que fizemos na geleira Mendenhall, famosa por abrigar inúmeras cavernas de gelo, que se formam naturalmente todos os anos.
1) Mendenhall Glacier
Antes de entramos no passeio propriamente dito, vamos explicar o funcionamento da geleira Mendenhall, um glaciar de aproximadamente 19 km de comprimento, localizado no Vale de Mendenhall.
A geleira é dividida em duas partes: oeste (West Mendenhall) e leste (East Mendenhall). É possível visitar as duas, porém, não há comunicação entre elas, já que são separadas pelo Lago Mendenhall.
A parte leste é a mais visitada e também a mais fácil. Falaremos sobre ela no terceiro post da série Roteiro de 3 dias em Juneau.
A parte oeste, por sua vez, não é acessível por transporte público. Além disso, caminhar sob a geleira requer equipamentos especiais. Não aconselhamos fazer essa caminhada por conta própria.
Leia também o Guia de como se vestir no frio intenso.
Caso você não queira fazer o passeio com um tour, é possível chegar até lá de carro, deixar o veículo no estacionamento, fazer a caminhada dentro da mata por conta própria e chegar até o início da geleira. Não aconselhamos, no entanto, caminhar sob a geleira, caso você não tenha experiência e não esteja devidamente equipado. Se ainda assim você se arriscar, por favor, não entre nas cavernas de gelo por conta própria e sem capacete, cabeças rochas literalmente poderão rolar.
2) Cavernas de gelo – as famosas Ice Caves de Mendenhall
As cavernas de gelo não são estruturas perenes, formam-se todos os anos com o derretimento da geleira no verão. Por esse motivo, não é possível prever com exatidão onde e quando elas vão se formar, nem mesmo quanto tempo durarão. No começo da estação, as agências de turismo locais percorrem a geleira procurando fendas que podem dar origem às cavernas.
Essa é mais uma das razões para contratar uma agência para fazer este tour. Além de saberem a localização exata das cavernas, eles tem experiência suficiente para saber se é seguro ou não entrar nelas. As cavernas estão em constante alteração, podendo soltar rochas presas no teto ou até mesmo desabar repentinamente, não vale a pena arriscar.
As agências costumam operar esses tours entre maio e setembro, sendo recomendado reservar com antecedência, pois podem se esgotar na alta estação.
3) O nosso Ice Trekking
Contratamos o nosso tour com a empresa Above & Beyond Alaska, com duração aproximada de 8 horas. O valor foi bem “salgadinho” (U$ 209,00 por pessoa), como tudo no Alasca, mas valeu muito a pena!
Encontramos com a equipe da Above & Beyond às 08:30 da manhã no Juneau Harbor, o porto do centro histórico de Juneau. A van da empresa nos levou até o estacionamento de onde parte a trilha.
Assim como a entrada na trilha, o estacionamento também é gratuito. Aproveite para usar os banheiros móveis, pois não há banheiros ao longo da trilha.
O nosso grupo foi formado por seis pessoas e dois guias, o que foi muito bom. Vimos grupos enormes pelo caminho.
Cada membro do grupo recebeu uma mochila, com água, comida para o dia todo, grampos para caminhar na geleira, capacete e um par de trekking pole.
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O início da caminhada
Começamos o trajeto caminhando em volta do lago Mendenhall e seguimos dentro da mata. À medida que subíamos, a caminhada ia se tornando mais difícil e a vista mais incrível. Do ponto mais alto, foi possível ver o outro lado da geleira: a parte leste, que visitamos no dia seguinte.
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Chegando na geleira!
Após 5,6 km de trilha, chegamos no início do glaciar. Neste ponto, é importante colocar os grampos na bota de trekking. Eles evitarão que você escorregue.
Caminhamos sobre a geleira em torno de 1 hora, passando por enormes crateras. Infelizmente, quando fomos, havia apenas uma caverna de gelo em que era possível entrar. Na verdade, muitos grupos nem chegaram a entrar nessa caverna, devido ao risco de desabamento. Como o nosso grupo era super pequeno e “espertinho”, o guia, que nos pareceu bastante experiente, permitiu que entrássemos e saíssemos rapidamente da caverna. Realmente havia muitas pedras despencando do teto.
Após uma parada para descanso e para comer, voltamos para o estacionamento por uma outra trilha, dessa vez mais difícil e sem sinalização. A maioria das pessoas voltam pela mesma trilha, mas o nosso guia estava tão animadinho e nos achou tão “espertinhos”, que resolveu inovar, rs. Deu para cansar, mas curtimos a inovação do maluco!
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