Myanmar: dicas e roteiro

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A antiga Birmânia, hoje Myanmar, é um dos destinos mais exóticos e polêmicos do sudeste asiático.

burma pagoda temple

Shwedagon Pagoda em Yangon – Myanmar. Foto: CFR / Pegadas na Estrada

O país faz fronteira com a Índia, Bangladesh, Tailândia, Laos e China, povos com os quais, ao longo da história, entrou em diversas disputas territoriais.

A partir do século XIX, o país tornou-se colônia da Inglaterra, permanecendo nessa condição até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando então passou a ser governado por uma junta militar.

Em 2011, a junta militar foi oficialmente dissolvida e diversos presos políticos foram libertados, entre eles Aung San Suu Kyi. Apesar disso, os militares ainda exercem grande poder sobre o país e muitas regiões ainda são fechadas para os visitantes estrangeiros.

Muitas ONGs, em prol da democracia no país, recomendam não visitá-lo, como forma de pressionar o governo. No entanto, acreditamos que o turismo no país gera empregos e diversas famílias, que antes viviam em condições precárias, hoje trabalham em hotéis, comércio e restaurantes, ou como guias e artesãos.

Povo Birmanês em Yangon - Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Povo Birmanês em Yangon – Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Em abril de 2013, em nossa viagem pela Ásia, fizemos um roteiro de 5 dias por Myanmar. Na antiga Birmânia, encontramos uma Ásia mais genuína, um povo alegre e muito solicito.

Povo Birmanês em Mandalay - Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Povo Birmanês em Mandalay – Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

De maneira geral, a infra-estrutura para o turismo nas principais cidades é adequada, com bons hotéis e restaurantes e com facilidade para comunicar em inglês.

Apenas com relação aos transportes, tivemos algumas dificuldades. As empresas de aviação do país ainda são bastante precárias e, no ano em que fomos (2013), não vendiam as passagens pela internet.

Por esse motivo, optamos por contratar uma empresa de turismo local que efetuasse todas as reservas de voo.

Contratamos a empresa One Stop Travel, que montou o nosso roteiro personalizado, com as atrações que queríamos, todas as passagens de avião, hotéis de acordo com as nossas prioridades, transfers e entradas incluídas, carro com motorista e guia por nossa conta, visto de entrada no país, e, por incrível que pareça, dentro do nosso orçamento.

Nosso estilo de viagem sempre foi voltado para o viajante independente e dificilmente embarcamos em excursões. Mas em Myanmar, diante das dificuldades, a One Stop conseguiu reunir tudo o que precisávamos, da maneira que queríamos e com toda a liberdade que gostamos, em um tour privado. Definitivamente amamos tudo e agradecemos a eles cada experiência maravilhosa que tivemos.

Templos de Bagan em Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Templos de Bagan em Myanmar. Foto: CFR / Blog Pegadas na Estrada

Compartilho, agora, algumas informações que podem ajudar:

1) Capital: Naypyidaw (não está na rota turística).
2) Moeda: Kyat. Mas o dólar é bem aceito.
3) Fuso horário: 09h30min a mais que o Brasil.
4) Idioma: língua birmanesa, mas a maioria das pessoas que trabalham com turismo falam inglês.
5) Visto: brasileiros necessitam de visto, que pode ser obtido em Myanmar ou em outros países do Sudeste Asiático, como na Tailândia. Também é possível obtê-lo no Brasil (Brasília). A empresa One Stop providenciou o nosso visto e quando chegamos no aeroporto de Yangon ele estava lá bonitinho nos esperando (muito prático).
Para maiores informações, clique aqui.
6) Tempo de permanência: 28 dias com o visto de turista.
7) Segurança: muito seguro. Diferente de outros países do sudeste asiático, golpes são bem raros. Os locais respeitam muito os turistas e fazem de tudo para agradá-los.
8) Religião: Budista (maioria), hinduísta e islâmica.
9) Gastronomia: bastante semelhante as culinárias de outros países do sudeste asiático. Nas grandes cidades é possível encontrar restaurantes ocidentais, mas provar a comida local com certeza é parte da viagem.
10) O que não falar: política.
11) Principais cidades turísticas: Yangon, Mandalay, Bagan e Inle Lake.
12) Filmes para assistir antes de viajar para Myanmar: Muito Além de Rangun e Além da Liberdade (biografia de Aung San Suu Kyi).

Música para ouvir e reouvir antes de ir

A banda irlandesa U2 lançou, em 2001, a música Walk On. A canção foi escrita e dedicada à Aung San Suu Kyi, apoiando-a e elogiando-a por seu ativismo e luta pela liberdade do povo birmanês. Linda e emocionante, não deixe de ouvi-la !

*** Índice de Posts de Myanmar ***

1º Dia: Yangon
2º Dia: Yangon – Mandalay
3º Dia: Mandalay – Bagan
4º Dia: Bagan
5º Dia: Bagan – Yangon

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Sobre o autor

Ela, cheia de imaginação e criatividade. Acredita que o mundo está logo ali. Se vai para o Canadá, por que não dar uma esticadinha até a Rússia, passando pela Islândia e pela Escandinávia? Ele, viajante mais pé no chão, pesquisa todos os detalhes e nunca se mete em furada ou confusão. Juntos, um equilíbrio, e muitas histórias para contar!

4 Comentários

  1. myanmar era um destino desconhecido para mim até planejar o meu mochilao no sudeste asiatico! infelizmente não pude conhecer pois tinha pouco tempo.. interessante que pode permanecer 28 dias, q numero quebrado pra um visto

    • Olá, Ângela! Obrigado pelo comentário. Myanmar foi uma viagem muito especial. O país é lindo, tem muita história e lugares super interessantes. A questão do visto facilita demais. Que você realize um dia essa viagem também. Abraços, Cristina e Renato.

  2. Fui para Myamnar em 2014 seguindo as dicas desse casal -Cris e Renato -e foi maravilhoso! Até então Myanmar não estava sequer no meu radar de viagens mas após ver as fotos maravilhosas eu tive que incluir esse país pouco conhecido e muito interessante no meu roteiro para a Ásia. Como meu tempo era mais curto, não fui a Mandalay, apenas Yangon e Bagan. Em Yangon vi os templos budistas mais lindos que já conheci e em Bagan fiz o passeio de balão simplesmente mágico e inesquecível. Em 2014 o país estava já um pouco mais aberto ao turismo, reservei meus hotéis pela internet e vários estabelecimentos já aceitavam cartão de crédito. Contudo, para comprar as passagens aéreas domésticas ainda era preciso usar uma agência local.