Juntamente com as passagens aéreas para a Oceania, os gastos com hospedagem representam mais de 60% dos custos de uma viagem. Para muitas pessoas, escolher onde se hospedar na Austrália pode ser uma tarefa fatigante, principalmente diante das inúmeras opções e tipos de propriedades.
Na ânsia de reservar os hotéis, o viajante nem sempre escolhe opções com bom custo-benefício e sai, muitas vezes, insatisfeito com a propriedade reservada.
Para fazer um bom negócio, é necessário, antes de tudo, traçar o seu perfil. É importante colocar na balança aquilo que é supérfluo para você e aquilo de que você não abre mão de jeito nenhum.
De maneira geral, não fazemos questão de grandes luxos (não que a gente não curta), mas fazemos questão de um quarto de casal limpo e com banheiro privativo. Além disso, ter geladeira e microondas no quarto ou acesso à cozinha compartilhada tem grande peso nas nossas decisões. Por fim, mas não menos importante, buscamos sempre um hotel bem localizado. Poder conhecer as principais atrações da cidade a pé ou estar perto dos transportes públicos nas grandes cidades pode poupar muito tempo na viagem e torná-la muito mais agradável.
Em abril de 2017, fizemos uma road trip de 23 dias pela Austrália, na qual passamos por 14 cidades australianas. Em boa parte delas, ficamos hospedados nos hostels da YHA.
Para quem não conhece, a sigla YHA, que significa “Youth Hostel Association”, representa a maior rede de hostels da Austrália, presente em 86 cidades no país. Analisando o perfil da empresa, percebemos que ela se enquadrava perfeitamente no nosso perfil de viagem. Para exemplificar melhor, mostraremos a seguir os 10 motivos que nos levaram a fazer da YHA a nossa base na Austrália.
1) Localização
Como falamos, estar bem localizado é crucial para poupar tempo e tornar a experiência mais agradável. É muito bom poder conhecer as principais atrações da cidade a pé, tomar uma cerveja e voltar caminhando para o hotel no final do dia.
De maneira geral, os hostels da YHA são mega bem localizados. Em Sydney, por exemplo, ficamos hospedados em dois hostels da rede: um no bairro The Rocks, a pouquíssimos passos da Opera House, e o outro em frente a estação de trem que chegamos.
2) Cozinha compartilhada
Em todos os hostels da YHA, há a disposição dos hóspedes uma cozinha compartilhada, com fogão, microondas, geladeira, pia e todos os utensílios necessários. Essa é uma boa alternativa para quem gosta de preparar a própria comida ou para aqueles que querem economizar com alimentação, já que os restaurantes na Austrália costumam ser bem caros.
3) Conhecer pessoas do mundo inteiro
Estar em um hostel abre portas para que você conheça pessoas do mundo inteiro. Seja em um quarto coletivo ou privativo, as pessoas nos hostels costumam estar mais abertas e frequentemente se encontram nas áreas comuns.
4) Opção de quartos de casal com banheiro privativo
Apesar de gostarmos de conhecer novas pessoas, não abrimos mão de um quarto de casal com banheiro privativo. Gostamos de ter o nosso cantinho, fazer a nossa bagunça e viajar no nosso ritmo. Essa foi uma grande vantagem do YHA: permitiu que tivéssemos os benefícios de um hostel, com as comodidades de um hotel.
5) Sono tranquilo
Para muitos, hostel pode soar como um ambiente barulhento, com jovens bebendo e falando alto até tarde. No YHA, o horário de silêncio é bastante rígido e, em muitos, vimos as áreas comuns sendo fechadas às 22:00.
6) Staff e recepção 24 horas
Na sua grande maioria, os hostels da YHA possuem recepção 24 horas, permitindo maior flexibilidade na hora do check-in.
De maneira geral, achamos o staff do hostel super prestativo, simpático e de bem com a vida. Isso é um bom sinal!
7) Agência de viagem
As unidades da YHA costumam ter agência de turismo dentro, principalmente nas grandes cidades. Além de passeios convencionais, elas costumam vender pacotes exclusivos, com hospedagem nos hostels da rede e consequentemente com preços mais em conta.
8) Atividades exclusivas para os hóspedes
Filosofia da rede, todos os hostels oferecem atividades exclusivas para os hóspedes. Seja um cinema, um jogo de trivia, uma caminhada na cidade ou um campeonato de pingue-pongue, esta pode ser uma boa oportunidade para quem está sozinho ou que gostaria de conhecer novas pessoas.
9) Ampla área de lazer
Um YHA nunca é simplesmente um quarto. Você sempre encontrará uma piscina ou um rooftop ou uma jacuzzi, enfim, a área comum costuma ser muita boa.
10) Membro YHA
Como falamos, a rede YHA possui hostels em 86 cidades da Austrália, ou seja, em basicamente todas as cidades de interesse turístico.
Uma boa opção para quem vai passar muitos dias na Austrália ou vai conhecer várias cidades é adquirir o cartão de membro da rede. Normalmente, esse cartão é vendido no próprio hostel ou na internet e custa entre 20 e 30 dólares.
Com o cartão, a pessoa tem 10% de desconto em todos os hostels YHA, além de descontos em atrações, tours e transportes. Vale a pena conhecer mais sobre o programa clicando aqui e fazer as contas!
Em resumo, esta foi a nossa experiência. Lembre-se de traçar o seu perfil de viagem e identificar o que você espera de uma hospedagem! 😉
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* Nos hospedamos nos hostels da YHA mediante parceria, mas todos os relatos descritos neste post foram baseados em nossas experiências reais e refletem a nossa opinião.
2 Comentários
Olá Cristina e Renato.
Comecei a pesquisar sobre a nossa viagem a Austrália e simplesmente AMEI a viagem de vocês.
Parabéns pelos posts(li todos). Vocês sabem escrever de uma forma leve e super direta.
O que vocês fizeram é exatamente o que nós queremos. Nossa dúvida é só em relação ao outback, pq viajaremos em janeiro, com uma filha de 13 anos e achei que será muito quente e com restrições dos parques pelo que vocês comentaram.
Vou tentar reservar os hoteis pelo seu blog( os da rede YHA também dá?).
Gostaria de saber sobre seus voos internacionais. Chegaram e sairam da Austrália pela mesma cidade ou não?
E, se possível, poderiam me passar a sequência das cidades? Entre as grandes cidades vocês pegaram voos de quais empresas?
Muito obrigada e super mega viagens para vocês.
Com carinho, Mônica, Cesar e Diana.
Olá Mônica,
Antes de mais nada, muito obrigado pelos elogios. É muito gratificante ter esse retorno positivo dos leitores. 🙂
Janeiro realmente não é a melhor época para conhecer o Outback. Além do forte calor, com a temperatura média variando entre 21 e 37 graus, essa também é a época em que chove (pouco, é verdade) na região. Como consequência disso, também é o período com mais mosquitos, que são completamente implacáveis e podem incomodar bastante.
Apesar disso, não é impossível de ir. Os brasileiros, de maneira geral, já estão habituados e têm bastante resistência ao calor. Fomos no final do verão (março), estava quente, mas nada muito diferente do que se enfrenta no Rio ou no nordeste brasileiro. A grande questão é estar bem preparado para as altas temperaturas. Usar chapéu, óculos escuros, caprichar no protetor solar e, principalmente, beber muuuita água.
Com relação aos voos, nós compramos uma passagem da LATAM chegando em Sydney e voltando por Auckland, na Nova Zelândia. Ao fim da nossa viagem pela Austrália, pegamos um voo de Brisbane para Christchurch, para começarmos nossa volta pela NZ. Este voo e todos os demais trechos internos fizemos com a companhia Qantas.
Segue abaixo o roteiro dia a dia:
Dia 1 – Sydney
https://pegadasnaestrada.com.br/o-que-fazer-em-sydney-em-3-dias-roteiro/
Dia 2 – Sydney
https://pegadasnaestrada.com.br/roteiro-de-3-dias-em-sydney-coastal-walk/
Dia 3 – Sydney
https://pegadasnaestrada.com.br/roteiro-de-3-dias-em-sydney-coastal-walk/
Voo para Alice Springs
Dia 4 – Alice Springs
https://pegadasnaestrada.com.br/alice-springs-uluru-outback-australiano/
Dia 5 – Kings Canyon
https://pegadasnaestrada.com.br/kings-canyon-outback-australia-dicas/
Viagem até o Kings Canyon
Kings Creek Walk
Dia 6 – Kings Canyon
https://pegadasnaestrada.com.br/kings-canyon-outback-australia-dicas/
Neste dia estavam planejadas as atividades descritas no dia 7, mas como tivemos problema com a bateria da nossa campervan, perdemos a manhã recarregando a bateria. Por conta disso, tivemos que mudar a programação e acabamos fazendo a trilha Kathleen Springs Walk, no final da manhã e passamos o resto da tarde curtindo a piscina do Kings Canyon Resort.
Dia 7 – Uluru
https://pegadasnaestrada.com.br/uluru-kata-tjuta-dicas-roteiro/
Kings Canyon Rim Walk
Viagem até Uluru
Por do sol no Uluru
Dia 8 – Uluru
https://pegadasnaestrada.com.br/uluru-kata-tjuta-dicas-roteiro/
Nascer do sol no Uluru
Volta de bicicleta em torno da Base do Uluru
Viagem até Alice Springs
Dia 9 – Melbourne
https://pegadasnaestrada.com.br/melbourne-em-2-dias-roteiro-e-dicas/
Voo para Melbourne
Dia 10 – Melbourne
https://pegadasnaestrada.com.br/melbourne-em-2-dias-roteiro-e-dicas/
Dia 11 – Great Ocean Road
https://pegadasnaestrada.com.br/great-ocean-road-roteiro-dicas-melbourne/
Dia 12 – Great Ocean Road
https://pegadasnaestrada.com.br/great-ocean-road-roteiro-dicas-melbourne/
Voo para Cairns
Dia 13 – Cape Tribulation
https://pegadasnaestrada.com.br/roteiro-cairns-daintree-cape-tribulation/
Dia 14 – Cape Tribulation
https://pegadasnaestrada.com.br/o-que-fazer-daintree-cape-tribulation/
Dia 15 – Cape Tribulation
https://pegadasnaestrada.com.br/dicas-cairns-daintree-cape-tribulation/
Dia 16 – Cairns
https://pegadasnaestrada.com.br/cairns-grande-barreira-de-corais-australia/
Dia 17 – Cairns
https://pegadasnaestrada.com.br/grande-barreira-de-corais-da-australia-cairns/
Viagem para Mission Beach
Dia 18 – Cardwell
https://pegadasnaestrada.com.br/mission-beach-cardwell-forest-drive/
Neste dia, havíamos planejado seguir de Mission Beach até Airlie Beach, passando por Cardwell. Entretanto, o ciclone Debbie atingiu Airlie Beach na véspera, alagando não só a cidade, como também todas as estradas da costa que davam acesso ao sul do país. Com isso tivemos que mudar os planos e ir para Brisbane pelo deserto, não mais pelo sul.
Dia 19 – Blackwater
No roteiro original, faríamos um passeio até Withsundays Islands e depois seguiríamos até Cape Hillsborough. Mas, como dissemos, a cidade de Airlie Beach estava inacessível e o passeio foi cancelado. Assim, fizemos a volta pelo deserto Outback Queensland para conseguirmos chegar até Hervey Bay. Neste dia, pernoitamos em uma cidade chamada Blackwater.
Dia 20 – Hervey Bay
A programação original era acordar cedo em Cape Hillsborough para ir até Casuarina Beach para ver os cangurus que vão até a praia todos os dias no nascer do sol. Mas, com as estradas da costa fechadas, continuamos nosso desvio pelo deserto até conseguirmos chegar, enfim, a Hervey Bay.
Dia 21 – Fraser Island
https://pegadasnaestrada.com.br/fraser-island-roteiro-dicas-australia/
Dia 22 – Fraser Island
https://pegadasnaestrada.com.br/fraser-island-roteiro-dicas-australia/
Dia 23 – Noosa National Park
https://pegadasnaestrada.com.br/bate-volta-de-brisbane-noosa-beach/
Viagem para Brisbane, passando pelo Noosa National Park
Qualquer outra dúvida, é só perguntar. 🙂
Abraço e boa viagem,
Renato
Blog Pegadas na Estrada